8° e 9° Ano - Atividade 02
ÉTICA E CIDADANIA: ELEMENTOS PARA UMA REFLEXÃO
O exercício do bem ou da razão estaria relacionada ao respeito às leis
da polis (heteronomia) e ao pensamento individual (autonomia) de cada pessoa.
Isto significa que há ressalvas internos e externos que determinam o papel dos
sujeitos sociais. Porém, a boa maneira poderia também ser determinada pela
educação (Paideia). O meio educacional permitiria assim as regras e
ensinamentos capazes de apresentar os juízos e decisões dos indivíduos no polo
de sua comunidade. Desde os gregos, desta maneira, a educação se caracteriza
como um elemento fundamental para a constituição da sociabilidade.
Dessa forma, durante os costumes determinariam as normas e valores a
serem utilizados ou transmitidos pelos sujeitos morais, a educação iria se
estabelecer como um importante instrumento para o desenvolvimento moral da
pessoa. Isto porque na sociedade da polis as virtudes que elucidam a perfeição
moral dos responsáveis sociais poderiam ser transmitidas por meio dos
ensinamentos.
A educação estaria, pois, no suporte da organização do indivíduo bom e
do cidadão exemplar. A formação do cidadão em suas particularidades projeta
também a formação do animal político, como dizia Aristóteles. A ética não
apenas representa o equipamento fundamental para a instauração de um viver em
conjunto, como serve de base à construção do espaço da política.
Disso se entende que, para os gregos, ética e política são instâncias
indissociáveis, realidade que se adicionam. A necessidade de cada homem
respeitar os hábitos e os preceitos da sociedade mostra revela a importância
que a ética tem em suas vidas. Nesta ocasião, observamos que os melhores
filósofos gregos elaboraram o conceito conforme a qual nenhuma comunidade
humana pode sobreviver sem o mínimo de regras e padrões de conduta, isto é, sem
um código de norma. Tal regulamento recebe os ensinamentos que orientam a nossa
ação e dizem como devemos nos comportar no mundo e, principalmente, agir em
face do outro.
A moral trata deste modo, da atitude do homem, da relação entre sua
vontade e o compromisso de seguir uma diretriz, do que é o bem e de onde vem o
mal, do que é certo e errado, da liberdade e da obrigação de cuidar do próximo.
As regras morais mostram que nossas atitudes resultam em repercussões na
coletividade, que cada homem dever ser autônomo e zelar por suas atitudes. A
incumbência se forma como parte crucial da vida ética do indivíduo.
Na realidade, o homem só pode ser moralmente responsável pelos atos cuja
natureza estranha e cujas influencias pode prever. Também, para que ele possa
ser responsável por alguma coisa é necessário que sua ação se realize na falta
de colocação externa ou interna. A responsabilidade moral requer, portanto, a
necessidade de o homem decidir com autonomia e agir livremente. Porém o
problema da responsabilidade moral depende das aproximações naturais que
determinam o comportamento humano (impulsos, desejos, paixões) e da autonomia
da vontade.
Como o homem é, ao mesmo tempo, natureza e liberdade, a ética auxiliaria
para regular as vontades humanos e controlar as suas vontades por meio do uso
da razão (lagos). Eis o motivo ela surge quando o homem supera a sua natureza
instintiva e se toma membro de uma coletividade controlado por leis racionais.
Apesar disso os processos históricos constatam que tais leis mudam, quer dizer,
a realidade moral. Na qual a sociedade é justa torna-se possível criar um clima
de solidariedade e entendimento recíproco entre os indivíduos.
A semelhança deve estar sempre atual em nossas vidas, porque é ela que
nos autoriza um viver solidário, responsável e fraterno. Na medida em que a
justiça deixa de ser praticada, os indivíduos ficam expostos à violência, a
hostilidade e à guerra. A lei é antes de qualquer coisa um valor moral, isto é,
um valor que diz respeito aos princípios morais. Os princípios morais nos
ensinam que a justiça é a principal utilidade da vida em sociedade. A equidade
não é algo que exclusivamente se pratica nos tribunais, nos juizados, nos
fóruns judiciários, mas deve existir no dia a dia de todos nós. Praticar a lei
significa favorecer a paz e respeitar as normas morais.
Assim sendo, não se pode supor que um dia alcançaremos o domínio da paz
se não lutarmos para minimizar as injustiças sociais efetivas na nossa
sociedade. A paz é, pois, peça da justiça. A lei é uma qualidade que deve ser
praticada por todo sujeito moral. A ética e a cidadania são o caminho para a
vida indicado pela paz, pelo respeito mútuo, pela independência, pela justiça,
pela tolerância, pela valorização do homem.
ATIVIDADE DE REFLEXÃO
1. Diante da definição de ética, podemos considerar que a
escola tem papel importante na formação de indivíduos cientes do que é bom ou
ruim, ou que é certo ou errado? Comente sua resposta. E você, é influenciado
pela escola e seus formadores? Explique. 4 Linhas
2. Exemplifique costumes e tradições de nossa sociedade que
você aponta com elementos de transmissões de valores e normas vitais para a
existência de uma sociedade saudável e longínqua. 2 Linhas
3. O que diz Aristóteles sobre a educação? Você concorda?
Explique. 4 Linhas.
4. Por que para os gregos ética e política são instâncias
indissociáveis, realidade que se adicionam? 4 Linhas
5. O que é moral? 3 Linhas
6. As leis, de fato, controlam o homem? Explique sua
resposta dando exemplos. 4 Linhas
7. Você se considera um indivíduo livre? Comente sua
resposta. 3 Linhas
8. O que é preciso para se viver em mundo de paz? Dê
exemplo. 3 Linhas
9. Cite situações de injustiça na nossa sociedade. 4 Linhas
10. Assista o filme – A escola da vida < https://www.youtube.com/watch?v=KktwsRIT-Ls
> e faça um resumo desta produção audiovisual, traçando relações entre ela e
a sua vida pessoal e escolar. Mínimo de 15 linhas.
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