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Mostrando postagens de maio, 2012

Como era o treinamento de um samurai?

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Entre os séculos 12 e 19, famílias de guerreiros formavam os soldados de elite do Japão – o treino começava aos 3 anos de idade. Os samurais surgiram durante a consolidação do sistema feudal do país e experimentaram o auge no século 15, quando o arquipélago tinha 260 pequenos estados rivais. Os guerreiros eram vizinhos dos senhores feudais, vivendo em castelos, com acesso a fundição de ferro (para a manufatura de armas), pasto e armazéns para comida, roupa e armas. No século 18, eram tão numerosos que passaram a ocupar funções burocráticas no governo e, ao final do século 19, foram incorporados ao exército. Nessa época, chegaram a ser 2 milhões (6% da população nipônica). No século 20, já fora de combate, famílias de samurais deram origem a grandes grupos empresariais do país, como Mitsubishi e Mitsui. Controle total - Além de educar a mente, os samurais dominavam os movimentos e os limites do corpo Exercício mental Todo samurai sabia ler e escrever. Quem ensinava era a mãe, qu

As perseguidas: Olhar filosófico

Olhar filosófico Romance epistolar, com narrativa desenvolvida a partir de cartas trocadas entre os personagens, A Nova Heloísa marcou outro momento dos “romances filosóficos”, com novas opiniões sobre o feminino. Nele, as mulheres não foram descritas apenas pelo ângulo das “paixões”. O “belo sexo” passava a ser relacionado também a uma ideia de virtude, que estava estreitamente ligada a três pilares: à virgindade na juventude – afinal, “o amor nas moças é indecente e escandaloso e apenas um esposo autorizaria um amante” –, ao matrimônio e à maternidade. Segundo Rousseau, quando adulta, a mulher deveria saber qual é o seu lugar. A “mulher virtuosa” seria a esposa casta e submissa e a mãe que prepara os filhos para serem educados pelos homens: “Mas há um longo caminho dos seis anos aos 20; meu filho não será sempre criança e, à medida que sua razão comece a nascer, a intenção de seu pai é de realmente a deixar exercer. Quanto a mim, minha missão não vai até lá. Alimento crianças e não

As perseguidas: Mulheres orientais

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Nessa obra, as “mulheres orientais” são descritas por Montesquieu como seres tão desejosos de sexo que, para não se “perderem”, deveriam ser trancafiadas e vigiadas, dia e noite, por eunucos. Vistas como lúbricas ao extremo, estas infelizes prisioneiras não conseguiam suportar – literalmente – a ausência do falo masculino. Somente por meio dele suas “paixões” poderiam ser temporariamente saciadas. Fatmé, ao longo de todo o romance, ilustrou bem este discurso. Presa em um serralho e distante de Usbek, seu “senhor”, ela lamentava não poder saciar os desejos que tanto a castigavam. Sofrendo com os ataques de suas paixões, Fatmé oscilava entre a resignação – a fidelidade a Usbek – e o desespero – o anseio incontrolável por sexo. Até que, no limite de sua resistência, desabafa, com rara franqueza, em carta a Usbek: “Como é infeliz a mulher que tem desejos tão violentos quando está privada do único meio de saciá-los; quando abandonada a si mesma, nada tendo que a possa distrair, ela tem de

11 frases importantes de Malcom X

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Hoje,19 de maio, há 87 anos, nascia nos Estados Unidos o ícone da luta nacionalista negra, Al Hajj Malik Al-Habazz , mais conhecido como  Malcolm X. O líder negro, que influenciou gerações pela sua defesa pela unidade negra e a luta contra o racismo, hoje é referenciado em todo o mundo pela sua mensagem  revolucionária e história. Mais conhecido pela sua principal frase "Por todos os meios necessários", quando advogava pela libertação negra no mundo, a vida  de Malcom X foi retratada na autobiografia escrita pelo intelectual Alex Harley e foi tema de filme produzido e dirigido pelo cineasta Spike Lee.  O CORREIO NAGÔ preparou uma seleção de outras frases famosas do líder Afro-americano. Confira e divulgue!   1. "Nós não podemos pensar em nos unirmos com os outros até que sejamos primeiro unidos entre nós. Não podemos pensar em ser aceitável para os outros até que tenhamos primeiro provado aceitável para nós mesmos." 2. "Se você não cuidar, os jorn

História na prisão

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Apesar dos obstáculos que o professor pode enfrentar dentro de uma penitenciária, existem maneiras de despertar o interesse dos alunos detentos André Luis Marques Roseira Na primeira vez que entrei na sala de aula, fui recebido pelos alunos como um estrangeiro. “Alemão” é como os detentos chamam os que atravessam os portões das penitenciárias sem terem sido condenados. É este o caso dos professores que atuam, como eu, nas dez escolas inseridas no sistema penitenciário do estado, voltadas nominalmente para a “ressocialização” dos alunos através do processo educacional, numa realidade muito diferente do ensino público fora daqueles muros. Para começar, a aceitação do professor ali acontece em plebiscitos diários – isto é, sua autoridade precisa ser negociada a cada jornada de trabalho. Ser professor, para os presidiários, significa ocupar o lugar de alguém que pôde estudar. A pessoa que tem acesso aos bens culturais, privilégio para poucos na nossa sociedade, é chamada de “play

As perseguidas: Belo sexo

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Origens do texto - Mas as Luzes – e, consequentemente, os romances – não se preocuparam apenas em avaliar e ironizar o trono e o clero. É certo que entre os temas mais abordados pelas narrativas também apareceu, de forma recorrente, a questão do feminino. Não teria sido fortuito, por exemplo, o fato de que vários romances, logo em seus títulos, já fizessem menção ao “belo sexo”. Foi o caso dos romances Teresa Filósofa (1749), de Jean-Baptiste de Boyer, o marquês d’Argens (1704-1771), A Religiosa (1760), de Denis Diderot, Júlia ou A Nova Heloísa (1761), de Rousseau, e A Princesa de Babilônia (1768), de Voltaire. Duas fases marcaram as opiniões dos “romances filosóficos” sobre as mulheres. Em uma fase inicial – na primeira metade do século XVIII –, as mulheres foram descritas de forma bastante pejorativa, quase sempre relacionadas a “paixões”. Mas as mulheres não eram descritas como possuidoras de uma paixão que, bem moderada, incentivava as pessoas a cumprir seus objetivos. Não!

Quantos significados tem uma eleição?

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A vitória do socialista François Hollande nas eleições presidenciais, realizadas no domingo passado (6), admite reflexões importantes à direita e à esquerda do cenário político francês e europeu. Com uma plataforma política vaga e promessas sabidamente irrealizáveis em curto prazo, certamente não foi o ideário político, o plano de governo ou o projeto de Estado socialista o vitorioso nessa disputa. O discurso eleito foi o da mudança: de política econômica interna e externa, alteração na relação estabelecida com os imigrantes legais e ilegais, e, sobretudo, a transformação gradativa da imagem que os franceses cultivam de si mesmos. A França foi um dos países mais afetados pela crise financeira que eclodiu no ano de 2008 e que colocou potências europeias em ambígua situação de ajuda mútua e competição interna na tentativa de salvar suas economias. As taxas de desemprego crescentes e a política de austeridade liderada pela agora orgulhosa Alemanha tem provocado a união de diferentes

As perseguidas

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Ora lascivas, ora virtuosas, as mulheres foram estereotipadas nos romances filosóficos do século XVIII Seres tomados por paixões, as mulheres não raciocinavam com a cabeça, e sim com a genitália. Pelo menos era nisso que acreditava o filósofo Denis Diderot (1713-1784), que ainda emendava: as mulheres estariam tão submetidas a seus impulsos que suas almas – se é que mulher possuía alguma – estariam em suas vaginas. Em seus escritos, ele chamava a genitália feminina, “carinhosamente”, de “joia”: “Acho que a joia leva uma mulher a fazer mil coisas sem que ela perceba. Já reparei, mais de uma vez, que uma mulher que pensava estar seguindo sua cabeça, na verdade estava obedecendo à sua joia. Um grande filósofo situava a alma masculina no cérebro. Se eu atribuísse às mulheres uma alma, sei onde a situaria.” Diderot não foi o único a pensar na mulher desta forma. Boa parte dos “romances filosóficos” concebia suas personagens femininas como “emocionalmente desequilibradas” e “irascíve

Origem do Samurai!

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A Origem dos Samurais Honra. Justiça. Perfeição. Lealdade. Estas são algumas das palavras associadas aos Samurais, a classe guerreira do Japão feudal e até hoje, sua influência é sentida no modo de viver e de pensar do povo japonês. Os samurais surgiram, como classe guerreira, na época feudal do Japão e dominaram o país por quase 8 séculos (séc. VIII ao XIX). Ser um samurai era um prestígio social, uma vez que a classe guerreira ocupava os mais altos cargos dentro da ditadura militar nipônica, chamada de xogunato ou Bakufu. Inicialmente, a função do samurai era apenas coletar impostos e servir ao Império. A partir do século X, a figura do samurai toma forma e ganha uma série de funções militares, alcançando seu ápice no século XVII. Os estilos marciais criados pelos Samurais hoje são chamados de Kobudo. Era através da prática destes estilos que o samurai aperfeiçoava suas técnicas, fortalecia seu espírito e visava seu aprimoramento, com a auto-disciplina e o auto-controle. Mas o que

Qual é a religião mais antiga?

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É o Hinduísmo. Quem garante é o teólogo Rafael Rodrigues da Silva, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo. A disputa com as religiões do antigo Egito e o Zoroastrismo (surgido na Pérsia) é acirrada, mas a crença adotada por 80% da população da Índia ganha. Os primeiros textos sagrados do Hinduísmo, os Vedas, foram escritos há mais de 3 500 anos. As origens da religião, porém, têm raízes na pré-história. O Hinduísmo não teve um fundador determinado, como o Islamismo de Maomé, e admite total liberdade de crença, reunindo seitas que cultuam um grande número de deuses e divindades - os mais importantes são Brahma (que representa o princípio criador), Vishnu (deus do sol) e Shiva (das tempestades). Apesar de mais antigo, o Xamanismo não pode ser considerado uma religião, afirma Rodrigues da Silva, pois não possui uma organização clara, com doutrina (conjunto de princípios) e clero (entidade com sacerdotes). Sua figura central é o xamã, curandeiro tribal que, segundo acre

Afrolatinos - a história que nunca nos contaram!

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Top 10: os soldados mais cascas-grossas

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2. Lachhiman Garung Cargo: Soldado britânico Ocasião: 2ª Guerra Mundial Ano: 1943 Ao ser cercado por 200 japoneses, que lançaram três granadas dentro do seu esconderijo, Lachhiman pegou duas e lançou de volta. A terceira detonou na mão, arrancando seus dedos e deixando a parte direita do corpo em carne viva. Sozinho, fincou uma faca no chão e prometeu que nenhum inimigo passaria dali. Ficou posicionado em um ponto cego e, com o braço esquerdo, atirou durante quatro horas. Matou 31 inimigos até ser resgatado. 1. Simo Hayha Cargo: Fazendeiro finlandês Ocasião: 2ª Guerra Mundial Ano: 1939 Em 1937, passou o ano cumprindo o serviço militar obrigatório. Terminado o dever, voltou para sua fazenda e lá ficou, até 1939, quando a União Soviética invadiu a Finlândia. Simo, então, vestiu uma roupa branca para ficar camuflado na neve, posicionou-se com seu rifle sobre uma árvore, à beira de uma estrada, e começou a atirar em todos os russos que encontrou. Ao fim de 100 dias, matou 705 invasores, incl

Top 10: os soldados mais cascas-grossas

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4. Robert Cain Cargo: Major britânico Ocasião: 2ª Guerra Mundial Ano: 1944 Durante a batalha de Arnhem, na Holanda, um tiro de tanque atingiu seu esconderijo, e ele ficou parcialmente cego. Como se não bastasse, o oficial ficou sozinho com a morte do soldado que era seu parceiro. Robert ficou escondido durante três dias, circulando entre tanques alemães. Destruiu pelo menos seis e perdeu quase toda a audição por causa do barulho causado pelas explosões de sua arma antitanques. 3. Thomas Alfred Jones Cargo: Soldado britânico Ocasião: 1ª Guerra Mundial Ano: 1916 Durante a Batalha do Somme, na França, ele abandonou a posição quando seu comandante estava distraído, correu 180 m até encontrar um sniper inimigo, o matou e começou a caçar soldados alemães entricheirados. Matou dezenas e desarmou 102 alemães. Foi só na falta de mais inimigos à vista que voltou para sua trincheira.

Top 10: os soldados mais cascas-grossas

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6. Dominic McCarthy Cargo: Soldado australiano Ocasião: 1ª Guerra Mundial Ano: 1917 Durante uma batalha no norte da França, formou um grupo para atacar uma trincheira alemã que impedia o avanço das tropas aliadas. Dominic chegou antes dos outros no primeiro ninho de metralhadoras inimigas, matou todos ali e seguiu em frente, com um rifle e algumas granadas. Ao fim da ação, tinha percorrido 500 m de trincheiras, matado 22 alemães e capturado 50. Só então recuou. 5. Jack Churchill Cargo: Capitão britânico Ocasião: 2ª Guerra Mundial Ano: 1942 Dizia que “oficial que vai para a batalha sem sua espada não está propriamente vestido” e não andava sem a sua, maior e mais pesada do que as espadas cerimoniais. Armado com sua lâmina, Jack se infiltrou, de madrugada, em um comando alemão e matou 42 deles. Preso nessa e noutra ocasião, escapou as duas vezes – na segunda, caminhou 240 km até ser resgatado.

Por que Meca é importante para o islamismo?

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Porque ali fica o santuário de Ka’bah, construído no segundo milênio antes de Cristo. Segundo a tradição islamita, Ka’bah é o único local da Terra tocado pelas forças celestes. Foi também em Meca que nasceu e está enterrado Maomé (570-652), fundador da religião islâmica. Situada na Arábia Saudita, a cidade já era ponto de parada de caravanas e centro comercial muito antes do nascimento do profeta. Mas os maometanos, também chamados de muçulmanos (hoje cerca de 1,2 bilhão de pessoas espalhadas pelo mundo), a converteram em sua capital. Pelos preceitos da religião, todo fiel tem o dever de visitar a cidade ao menos uma vez antes de morrer. Além disso, onde quer que esteja, tem que rezar cinco vezes por dia voltado para lá. "Há também a oração do meio-dia de sexta-feira, que precisa ser feita em uma mesquita, sempre construída apontando para a Meca", diz Helmi Nasr, professor de línguas orientais da USP.

Top 10: os soldados mais cascas-grossas

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8. Yogendra Singh Yadav Cargo: Soldado indiano Ocasião: Guerra contra o Paquistão Ano: 1999 Para facilitar um ataque contra três bunkers, Yogendra escalou uma montanha coberta de gelo. Enquanto subia, foi atingido três vezes por tiros, mas não recuou. Com uma granada, destruiu o primeiro bunker. No segundo, já sem munição, matou quatro inimigos com as mãos. O terceiro bunker se rendeu. Ele ganhou o maior prêmio militar indiano, dado apenas a militares que fazem algo considerado impossível. 7. Audie Murphy Cargo: Soldado dos EUA Ocasião: 2ª Guerra Mundial Ano: 1944 Em 1945, na França, era um dos 19 sobreviventes de uma tropa de 128. O maluco assumiu o único tanque M-10 que tinham – pegando fogo – para atacar 12 tanques alemães. Uma hora depois, a munição acabou e Audie saiu do M-10 vitorioso, minutos antes do veículo explodir. Ganhou todas as honrarias da época e se tornou um ator famoso em filmes que reproduziam suas façanhas.

Literatura abençoada

Explicando a origem de cinco obras religiosas fundamentais LIVRO - Bíblia SAGRADO PARA - Cristianismo ESCRITA ENTRE - 1300 a.C. e 100 d.C. QUEM ESCREVEU - Diversos profetas, entre eles os apóstolos de Jesus Em grego, Bíblia significa "coleção de livros". Os cristãos acreditam que Deus escreveu a Bíblia usando homens como instrumento. Ela se divide em 46 livros do Antigo Testamento, escritos antes do nascimento de Jesus, e 27 do Novo Testamento, escrito entre os séculos 1 e 2 LIVRO - Alcorão SAGRADO PARA - Islamismo ESCRITO NO - Século 7 QUEM ESCREVEU - Maomé ditou os textos a seus escribas O conteúdo do Alcorão reúne as revelações divinas feitas pelo anjo Gabriel a Maomé ao longo de 20 anos. Mas o livro sagrado dos islâmicos só foi organizado após a morte do profeta, em 632. Seus 114 capítulos compilam os ensinamentos básicos do islamismo: fé, oração, caridade, jejum e peregrinação a Meca ao menos uma vez na vida LIVRO - Tripitaka SAGRADO PARA - Budismo ESCRITO ENTRE - 500 a

Existe algum livro sagrado para os budistas?

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Sim. É o Tripitaka. Em páli - uma língua da Índia antiga, onde o budismo nasceu -, Tripitaka significa "três cestas", numa referência às três partes do livro: o "Vinaya", com as regras de conduta, o "Sutta", que reúne os discursos de Buda, e o "Abhidhamma", que é mais filosófico. A história desse livro sagrado e do budismo remonta à trajetória do indiano Sidarta Gautama (560-480 a.C.), que abandonou uma vida de luxo para buscar a sabedoria. Depois de meditar um bocado, ele concluiu que o sofrimento era causado pelos desejos que atormentavam a mente dos homens, como a corrupção, o ódio e a ilusão. Para Sidarta, se o homem aniquilasse esses desejos, atingiria o nirvana, um estado de paz longe de todo o sofrimento. Por causa dessa descoberta, ele tornou-se Buda, que em sânscrito significa "o iluminado". Por mais de 40 anos, ele percorreu a Índia ao lado de discípulos disseminando suas doutrinas. "Ao longo de sua vida, os 84 mil ens