Negros monstros de aço: civilização e progresso elites baianas sobre as estradas de ferro
Introdução >>
A preocupação
com a melhoria das condições das comunidades internas do Brasil ocupou os
pensamentos de inúmeras pessoas desde os tempos coloniais. Com a Independência
do país a questão se tonou ainda mais urgente, sem severas modificações nas
formas como se processavam os contatos inter-regionais o Brasil permaneceria
como uma criança que só engatinhava e não aprendia a andar. A partir do império
engenheiros, comerciantes, escritores e tantos outros notadamente os homens
ligados ao meio político, se ocupavam do tema. Para eles o problema das
comunicações seria resolvido através da implantação no país de um invento
inglês da primeira década do século XIX que rapidamente ganhava adeptos em todo
o mundo, as estradas de ferro. Elas seriam a tabua de salvação do Brasil, pois
o faria andar. Aliar o poder de penetração das estradas de ferroa a navegação a
vapor a ser implantada no rico sistema hidrográfico brasileiro seria a solução
para inserir enormes regiões do país na economia de mercado e para fornecer a
presença do estado nas mesmas. As primeiras medidas são tomadas a partir da
segunda metade do século XIX, mas ao fim deste, o país ainda carecia de infra-estrutura
em transporte, seja ela rodoviária, ferroviária ou aquática, mesmo havendo
fomento estatal para o setor. Com a chegada da Republica a ideia de que o
Brasil só romperia com o atraso e entraria no mundo capitalista moderno através
da implantação de sistemas de transporte eficiente se fortalece. A velocidade
dos carros de bois e das tropas de mulas não mais atendia ao novo mundo de
vapor e velocidade.
Comunicação>>>
São
formas como o meio político brasileiro e principalmente o baiano via a questão
dos transportes nas décadas iniciais da república. Intentamos perceber como a
implantação das estradas de ferro representava para o meio político-econômico
dominante um poderoso instrumento para se atingir o progresso e civilizar os
sertões, retirando-se o Brasil do segundo plano no jogo capitalista moderno,
metodologicamente é nossa intenção discutir a importância dos trabalhos de
historia local e memorialistas para compreensão do tema proposto e a forma como
eles se interrelacionam com o meio político das localidades que retratam.
As obras ferroviárias deveriam
ser sempre mais baratas como consequência existia em sua construção muitas
curvas, pois para fazer contes em rochas utilizavam-se dinamites encarecendo
mais as obras, por esse motivo que muitas existe ou existia muitas curvas nas
estradas de ferro. Porém esse barateamento na obra teria suas consequências com
as varias curvas e subidas os trens deveriam viajar mais lentos que o normal
além dos vários riscos de descarrilamentos com esses importunos chega um tempo
que esse transporte não irá suprir as necessidades do mercado.
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