Uma triste realidade crianças que não podem ser adotadas

    
Um caso em destaque dessa triste realidade de nosso país é um caso no Paraná, onde uma criança de 10 anos portadora do HIV que não conheceu os pais e não se encontra na lista de crianças a serem adotadas, ela tem um sonho de que ela "tenha um pai e uma mãe de verdade todos os dias", e esse com certeza é o sonho de outras cerca de 32 mil crianças consideradas "inadotáveis" por todo o Brasil. Esse caso em especial reflete tanto a questão da criança ser portadora do vírus HIV quanto ao desligamento dessa mesma de sua família. 
 A lei assegura a todas a possibilidade de serem adotadas até os 18 anos desde que tenham sido juridicamente desligadas dos pais biológicos, mas a burocracia impede o exercício desse direito, segundo análise de especialistas.  
“Como a destituição [processo que desliga legalmente a criança da família biológica] demora, apenas 5 mil das 37 mil crianças que estão em abrigos do país podem ser adotadas. Hoje, existem 26 mil famílias interessadas em adotar“, afirma Ariel de Castro Alves, presidente da Fundação Criança e vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da OAB. Condições impostas por eles eliminam grande parte das cinco mil crianças listadas no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). A lista do CNA inclui as crianças que venceram a burocracia e as exigências legais e precisarão de sorte para se encaixar na projeção dos casais candidatos: meninas brancas, com menos de três anos, sem irmãos, deficiências ou HIV.
“As crianças [sob custódia do Estado] são mais meninos, negros e pardos”, explica Alves. Em Curitiba, até 10 de outubro 41 das 73 crianças no CNA eram brancas. Mas, do total, 38 eram meninos e só três tinham menos de cinco anos. 
Foto: 
Menina 'inadotável' brinca com boneca em abrigo de Curitiba. 

(Foto: Adriana Justi/G1 PR)

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