Conheça 5 expressões populares e suas possíveis origens
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Saiba de onde é que surgiram alguns ditados populares muito usados no nosso cotidiano.
“Dor de cotovelo, santo do pau oco e tirar o cavalo da chuva”. Como
você sabe, o nosso idioma é extremamente rico, e as expressões curiosas
que você acabou de ler fazem parte do repertório que ouvimos
praticamente todos os dias. Elas estão em circulação há tanto tempo que
já se tornaram parte da nossa cultura, mas você sabe dizer de onde é que
elas surgiram?
Além disso, apesar de todo mundo conhecer os seus significados, se
pararmos para pensar, ao pé da letra, essas frases não fazem muito
sentido. Pensando nisso, decidimos trazer algumas expressões populares e
suas origens, para que você possa matar a curiosidade e impressionar os
seus amigos com o seu incrível conhecimento sobre trivialidades:
1 – Casa da mãe Joana
Fonte da imagem: pixabay
Quem é que nunca ouviu alguém reclamando que “isso aqui não é a casa
da mãe Joana não”? A expressão serve para descrever um local no qual
tudo é permitido e não existe qualquer tipo de organização. Ela surgiu
na Europa durante a Idade Média, depois que a Condessa de Provença e
rainha de Nápoles, que se chamava — adivinhe! — Joana, decidiu
regulamentar a situação dos bordéis de Avignon, na França, cidade onde
vivia como refugiada.
Uma das normas que ela estabeleceu ditava que as portas desses locais
deveriam permanecer sempre abertas, permitindo a passagem de quem
quisesse entrar. A norma acabou virando uma expressão, que foi parar em
Portugal como “Paço da mãe Joana”, onde virou sinônimo de prostíbulo e
lugar no qual reina a desordem. Aqui no Brasil, a palavra Paço foi traduzida para Casa, e o resto da história você já conhece.
2 – Santo do pau oco
Fonte da imagem: pixabay
Hoje em dia a expressão acima serve para designar pessoas que se
fazem passar por boazinhas quando, na realidade, não o são. Essa
expressão é originária da época do colonialismo no Brasil, quando, para
driblar os pesados impostos cobrados por Portugal, as pessoas utilizavam
figuras de santos ocas, que eram recheadas com ouro e pedras preciosas
para escapar do fisco. E olha que não faltam santos do pau oco por aí,
só que escondendo o ouro em lugares ainda mais inusitados!
3 – Tirar o cavalo da chuva
Fonte da imagem: pixabay
Essa frase é originária do século 19, quando as pessoas utilizavam
cavalos como meio de transporte. Assim, quando alguém saia para realizar
uma visita, se esta era curta, o animal ficava amarrado em frente à
casa visitada. Por outro lado, se a permanência fosse longa, o bichinho
era levado aos estábulos ou ao fundo da residência, mas só depois que o
dono da casa desse permissão ao visitante para “tirar o cavalo da
chuva”.
4 – Custar os olhos da cara
Fonte da imagem: pixabay
Este ditado definitivamente teve origem na antiguidade, e encontramos
várias explicações possíveis sobre como ele foi criado. Uma delas se
refere ao costume bárbaro de arrancar os olhos de prisioneiros de
guerra, governantes depostos e outros inimigos depois de algum golpe
político ou batalha importante. Os vencedores acreditavam que assim os
inimigos vencidos teriam poucas chances de se vingar, pois, sem os
olhos, se tornariam inofensivos.
Outra possível origem seria a Grécia antiga, já que reza a lenda que
por lá era comum que os reis, por ciúme, prendessem seus poetas e lhes
arrancassem os olhos, para que eles não pudessem escrever para mais
ninguém. Existe ainda mais uma provável origem, desta vez por aqui, na
América Central mesmo. Parece que uma batalha em uma fortaleza inca
custou ao conquistador espanhol chamado Diego de Almagro um dos olhos de
sua cara. Você escolhe qual versão é a sua favorita!
5 – Dor de cotovelo
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Você já reparou na posição que as pessoas que estão nos bares
enchendo a cara e afogando as mágoas adotam, com os cotovelos apoiados
no balcão? Parece que os mais chorosos desenvolveram uma espécie de “dor
por esforço repetitivo”, passando a ter os cotovelos constantemente
doloridos.
Embora no passado essa expressão fosse utilizada para se referir à
dor causada por amores perdidos ou não correspondidos, hoje ela é
basicamente empregada para designar sentimentos de despeito e de ciúmes.
E você, leitor, conhece alguma origem diferente para as expressões
que descrevemos acima? Você gostaria que publicássemos mais ditados
populares e suas possíveis explicações? Conte para a gente nos
comentários!
Mais curiosidades sobre os ditados populares:
Alguns ditados populares acabaram se distorcendo um pouquinho com o
passar dos anos, e você pode conferir a seguir quais deveriam ser as
suas versões corretas:
- “Quem não tem cão, caça com gato” na verdade seria “Quem não tem cão, caça como gato”;
- “Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão” na verdade seria “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão”;
- “Quem tem boca vai a Roma” na verdade seria “Quem tem boca vaia Roma”;
- “Cuspido e escarrado” na verdade seria “Esculpido em Carrara”;
- “Esse menino não para quieto, parece que tem bicho carpinteiro” na verdade seria “Esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro”.
- Fonte: MEgacurioso
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