A arte rupestre no Brasil


Na Pré-História as comunidades sem escrita, transmitiam seus conhecimentos e memórias, para gerações futuras, somente de forma oral, era o único meio para armazenar conhecimentos e explicações fundamentais que permitia aproveitar experiências e soluções das gerações passadas, desta forma inicia-se a história do homem. Com o passar do tempo, essas informações se acumulam e se tornam mais complexas, requerendo um novo meio de conservar esses conhecimentos. Foi necessário associar a palavra a acontecimentos especiais diferentes do cotidiano.
O meio mais fácil para preservar as informações, foi utilizar de representações gráficas, construídas a partir de observação e da imaginação, tornando-se muito comum os temas representados nas rochas e objetos, por exibirem comportamentos padronizados. Tais pinturas permitem identificar os modos como se apresentam diferentes culturas e descobrir os temas mais valorizados. As pinturas surgiram na mesma época em todo o planeta, quando diversos grupos étnicos sentiram a necessidade de reproduzir os símbolos que representam a pré-história.

No Brasil, existem figuras pintadas sobre paredes e afloramentos rochosos isolados. Algumas pinturas não permitem identificar o que esta sendo representado, outras exibem figuras com ações da vida cotidiana e cerimonial.
O Parque Nacional da Serra da Capivara na Região Nordeste, possui centenas de sítios arqueológicos portadores de pinturas rupestres, que predominam as figuras da tradição Nordeste de pinturas rupestres, caracterizada pela presença de representações humanas, animais, plantas e objetos em cenas com temas identificáveis e composições típicas. Os painéis são resultados dos diferentes momentos em que foram pintados, pelas características dos desenhos, percebe-se que no decorrer dos milênios, sem sempre foram realizados pelos mesmos grupos culturais. Estão representados temas d grande diversidade tais como caça, dança, coleta. Divertimentos, mas também sexo e violência, sob forma de lutas, cenas de captura e execução.

Sobrepor desenhos sobre superfícies que já foram pintadas é um fenômeno muito freqüente nos abrigos do Parque Nacional. As sobreposições permitiram a reconstrução das diferentes fases de elaboração das pinturas. Esse fenômeno leva uma possível conclusão de que se trata de um procedimento para representar a profundidade gráfica como uma terceira dimensão.
O trabalho do arqueólogo é recuperar esses produtos gráficos e reconstruir o perfil cultural dos grupos que foram os autores. As temáticas escolhidas para reproduzir as cenas da vida cotidiana e cerimonial são a expressão do que realmente eram seus interesses.
As formas de documentar pinturas rupestres mudaram conforme o avanço tecnológico. Primeiro eram feitos desenhos; depois, decalques plásticos em tamanho natural fotografados e reduzidos, fotografias e, mais recentemente, registros tridimensionais.  

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