CONSPIRADORES COVARDES | Faltou coragem para matar Hitler
Sem condições de sobreviver no ambiente hostil da Rússia, americanos,
ingleses e franceses tiveram que se retirar com o rabo entre as pernas.
“Nenhuma guerra é engraçada. Há muitos ‘contos de glória’ na maioria da
história escrita, na qual generais e políticos, que tomam decisões
estúpidas que levam a muitas mortes, são tratados de forma frívola.
Qualquer líder que começa uma guerra merece o mais duro escrutínio”,
afirma o jornalista.
Nem a mais nobre das conspirações foi poupada na crítica de Strosser e
Prince. Em 20 de julho de 1944, uma bomba de explosivo plástico detonou
numa sala de reuniões na Toca do Lobo, o quartelgeneral secreto dos
nazistas. Quatro figuras de alto escalão morreram. Nenhuma delas se
chamava Adolf Hitler. O plano era agir com duas bombas, mas apenas uma
delas explodiu – e estava na posição errada, poupando o führer e a
maioria dos seus partidários. Foi plantada pelo coronel Claus von
Stauffenberg, veterano do Exército alemão que desprezava os crimes
nazistas e havia perdido um olho, a mão direita e dois dedos da esquerda
em combate. “Stauffenberg, com apenas três dedos, teve problemas para
ajustar a contagem regressiva do detonador. Embora conseguisse armar,
foi incapaz de colocar a bomba reserva dentro da pasta”, afirmam
Strosser e Prince. O coronel era parte de uma vasta conspiração contra
Hitler, batizada de Orquestra Negra por seus inimigos nazistas. Por
falta de voluntários, o mutilado veterano foi obrigado a cuidar dos
artefatos, mas ele próprio não pretendia se sacrificar. Tanto é que já
estava longe quando a maleta com a bomba foi mudada de posição por um
oficial incomodado com o estorvo no caminho. Pode-se dizer que o apego à
vida demonstrado por Stauffenberg e seus colegas foi a receita para o
desastre: com Hitler sofrendo apenas ferimentos leves, em menos de 24
horas, todos os principais conspiradores foram executados.
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