A evolução do treinamento de um Gladiador

TREINAMENTO EM EVOLUÇÃO

Os atletas eram divididos em três níveis de acordo com a experiência em combate

NOVICIUS: Após a avaliação médica e a aprovação do“lanista” (o dono dos gladiadores),o novato treinava com muita corrida, para adquirir condicionamento, e poucos combates.

VETERANI: Quem vencia a primeira luta ganhava o respeito dos colegas, já que era comum morrer na estreia. Até que ele superasse outros adversários, porém, o treino mudava pouco.

PRIMUS PALUS: Nível de quem sobreviveu a várias lutas (de três a cinco por ano). Tinha privilégios, como um quarto maior e o direito de usar armas reais, pouco afiadas, em alguns treinos.

Escolinha moderna

Nos arredores do Coliseu, em Roma, é possível ser gladiador por um dia. Adultos e crianças participam de treinamentos (de mentirinha, claro!) por cerca de 150 reais. Os lutadores eram agrupados nos quartos de acordo com seu estilo de luta.

Prisioneiros de guerra fortes eram vendidos para as escolas de luta. Como muitos não falavam latim, os treinadores recorriam à mímica.

CADEIA NELES

Após a revolta de escravos lideradapor Spartacus no século 1 a.C., os centros de treinamento viraram presídios. Além das acomodações dos treinadores, havia quartos minúsculos e sem camas para os lutadores. Geralmente, havia um cemitério ao lado para quem morresse treinando ou espancado pelos professores.

DIETA PESADA

 O cardápio incluía muita carne (vermelha ou de peixe, dependendo da região), grãos, pães, ovos e cereais – tudo temperado com cinzas de madeira, que conferiria força extra. Para beber, só água. As refeições diárias eram três: uma logo ao nascer do sol, outra ao meio-dia e a terceira ao fim da tarde.

PEÇAS E ACESSÓRIOS

O corpo também fazia partedo arsenal dos guerreiros

PROTEÇÃO EXTRA

O guerreiro lutava com capacetes, cintos, luvas de couro e cobertura de metal para as pernas e os ombros. Os escudos, feitos de metal polido, eram ornamentados com desenhos.

MARCAS DA GUERRA

Tatuagens, conhecidas como “stigma”, marcavam os lutadores no rosto, nas pernas ou nas mãos. Os desenhos identificavam a origem do guerreiro e quem era seu proprietário. Fugitivos recapturados tinham tatuagens na testa. Já os prisioneiros de guerra eram marcados nas mãos.

ESCUDO NATURAL

Esqueça os filmes: os gladiadores eram fortes, mas tinham barrigas bem salientes. Isso funcionava como uma estratégia de defesa, dificultando a perfuração de órgãos vitais.

TIME DE APOIO

Os treinadores, ou “doctores”, eram guerreiros aposentados, na casa dos 30 anos, especialistas em algum estilo. Os mestres dos lutadores de “retiarius” (aqueles que usavam rede e tridente), por exemplo, eram os “doctores retiarii”. Médicos e massagistas atendiam os que saíam estourados no fim dos treinos.

O IMPORTANTE É COMPETIR



Na arena, o combate durava até um dos envolvidos morrer ou ficar gravemente ferido. Nesse caso, o público decidia se ele deveria viver (a massa geralmente escolhia sua morte). O código de conduta exigia que o perdedor pedisse para ser morto, apresentando-se de peito aberto ao vencedor – ritual praticado nos treinos.

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